Observatório orbital confirma buracos negros ativos em fusão de galáxias
Apenas cerca de 1% dos buracos negros supermassivos emitem grandes quantidades de energia
- Dados de um levantamento feito pelo satélite Swift, da Nasa, estão ajudando astrônomos a resolver a questão de por que um pequeno número de buracos negros gigantes emite quantidades imensas de energia.
Apenas cerca de 1% dos buracos negros supermassivos têm esse comportamento. As informações acumuladas pelo Swift, segundo nota divulgada pela Nasa, confirmam a hipótese de que os buracos negros são "ativados" quando galáxias colidem. A agência espacial acredita que os dados podem ajudar a prever o comportamento do buraco negro no centro de nossa galáxia.
O estudo será publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
Algumas fusões galácticas onde o Swift detectou núcleos ativos. Divulgação
A intensa emissão dos centros, ou núcleos, de galáxias surge da vizinhança de um buraco negro contendo entre 1 milhão e 1 bilhão de vezes a massa do Sol. Emitindo até 10 bilhões de vezes a energia do Sol, alguns desses núcleos galácticos ativos são os objetos mais luminosos do Universo.
"Teóricos demonstraram que a violência na fusão de galáxias pode alimentar o buraco negro central", disse, em nota, Michael Koss, principal autor do estudo.
Até o levantamento feito pelo Swift, os astrônomos não tinham certeza de terem feito um censo correto da maioria dos núcleos ativos. Nuvens espessas de poeira e gás circundam os buracos negros em uma galáxia ativa, o que pode bloquear radiação ultravioleta, luz visível e raios X "moles", ou de baixa energia.
A radiação infravermelha da poeira aquecida próxima ao buraco negro pode passar através do material, mas acaba se confundindo com o infravermelho de outras partes da galáxia. A pesquisa feita pelo Swift se concentrou nos raios X "duros", ou de alta energia.
A pesquisa, sensível a núcleos galácticos ativos até 650 milhões de anos-luz da Terra, descobriu dezenas de sistemas até então desconhecidos.
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